Acordo com dados
Mais de 80% das mortes por síndrome respiratória em MT foram de pessoas não vacinadas
Cobertura vacinal do público-alvo priorítário, como crianças, idosos e gestantes, está em 28%, segundo a Secretaria de Estado de Saúde
Saúde | 11 de Junho de 2025 as 15h 08min
Fonte: Redação G1-MT

Das 36 mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso, no mês de maio, 88% foram de pessoas que não tomaram a vacina contra a influenza, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgados na última semana.
Oito em cada dez mortes registradas em maio foram idosos com mais de 61 anos. Sete deles tinham de 76 a 80 anos e sete tinham mais de 80 anos. Segundo o alerta epidemiológico divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), este padrão é consistente com o perfil nacional de maior gravidade e letalidade da Influenza A em idosos.
🔎Para entender: a influenza é o vírus que transmite a gripe. No Brasil, os tipos de vírus influenza de maior circulação são a influenza A e a influenza B. A vacina protege contra três cepas diferentes do vírus – H1N1 e H3N2 (influenza A) e um da influenza B. A SRAG é um quadro clínico grave caracterizado por febre, tosse e dificuldade respiratória que pode evoluir para insuficiência respiratória e óbito.
No estado, 403.596 doses da vacina foram aplicadas. A cobertura vacinal do público-alvo priorítário, como crianças, idosos e gestantes, está em 28%.
Entre 1º de janeiro e 25 de maio deste ano, foram notificados 678 casos em Cuiabá, totalizando 793 ocorrências. No mesmo período do ano anterior, 92 casos foram registrados, de acordo com Dados da Vigilância Epidemiológica. Um aumento de 539,12%.
Apenas 21,37% da meta de vacinação do público-alvo foi atingida na capital.
Em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, seis pessoas morreram por gripe, do início do ano até maio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cinco das vítimas estavam internadas no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Todas eram pessoas idosas e com comorbidades.
Até mês passado, a cobertura vacinal na cidade estava em apenas 16,89%.
Alerta para vacinar
A SES alerta que a vacinação está disponível para grupos como puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência permanente. A vacina contra a gripe é gratuita e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) desde o início de abril.
Os especialistas explicam que um conjunto de fatores pode ter contribuído para a alta de casos observada nesta temporada de influenza.
Entre os principais motivos, eles destacam:
- Possível mutação do vírus - apesar da vacina proteger contra mais de uma variante da influenza, uma mutação do vírus pode ter facilitado a transmissão e tornado a doença mais agressiva esse ano.
- Alterações climáticas - um regime climático diferente do padrão, e até do esperado para essa época do ano, pode ter contribuído para a disseminação do vírus, especialmente considerando que o clima está mais seco.
- Baixa cobertura vacinal - os baixos índices de vacinação em todos os estados facilitam a circulação e transmissão do vírus.
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