Os Hospitais Regionais de Sinop e Sorriso, mantidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), receberam de 19 de maio a 22 de junho, o projeto “Arte é Vida: Vivendo Arte e Produzindo Saúde”, que realizou intervenções artísticas e pesquisa com o objetivo de promover saúde mental e humanização por meio das artes. O projeto atendeu pacientes internados, acompanhantes e servidores.

Para o enfermeiro responsável pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hospital Regional de Sinop, Gleisson Barboza, a experiência foi positiva tanto por auxiliar no tratamento dos pacientes quanto por melhorar o ambiente para os colaboradores.

“Ações desse modelo são necessárias dentro do ambiente hospitalar, pois já é pesado devido às situações que são tratadas aqui dentro. Pude notar mudanças dos colaboradores antes de ir para a oficina e depois de ter saído da oficina. É nítido que esse projeto teve um grande impacto nas nossas equipes”, destacou.

Barboza disse ainda que o projeto foi de grande valia por melhorar a estadia dos pacientes no hospital e por tornar o processo de tratamento ainda mais humanizado. “Por tirar o paciente do leito, fazê-lo pensar em outras coisas que vão desligar a mente dele da internação e levar para um outro momento. Acabamos descobrindo novos artistas depois de uma oficina de pintura”, disse.

De acordo com a diretora do Hospital Regional de Sorriso, Ione Carvalho, a unidade também sentiu o impacto positivo da ação. “A equipe utilizou o auditório, a área de lazer e as enfermarias do hospital para realizar as atividades artísticas, que foram muito positivas para a saúde mental dos participantes”, informou.

Segundo a psicóloga e pesquisadora Gabriela Neves, foram realizadas 20 oficinas criativas para pacientes e acompanhantes, oito oficinas com os servidores dos hospitais e 20 atividades criativas nos leitos, além de oito intervenções artísticas, entre apresentação de coral, teatro de fantoche, contação de histórias e dupla de palhaços.

“A proposta foi de criar espaços de expressão, reflexão e alívio emocional, ressignificando a experiência hospitalar de quem cuida e de quem é cuidado, por meio da arte. O projeto impactou 560 pessoas, entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), acompanhantes e servidores”, explicou.

O projeto foi contemplado pelo edital Viver Cultura nº 12/2023, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), com apoio do Ministério da Cultura e da Lei Paulo Gustavo. A equipe é composta por seis integrantes, sendo duas psicólogas, dois estagiários de psicologia, um videomaker e uma pesquisadora/analista de dados.

A iniciativa também desenvolveu uma pesquisa de opinião sobre o impacto psicossocial das intervenções artísticas na saúde emocional dos participantes.

“Os resultados serão apresentados à comunidade em uma revista impressa e em uma ação artística itinerante, com a exibição de um vídeo das atividades em uma cabine móvel que circulará por pontos estratégicos de Sinop e Sorriso, ampliando o alcance e o impacto da experiência”, contou Gabriela.