Alarme
Buracos da BR-163 podem levar toda a safra recorde para o ralo, diz Blairo
Mais de cinco mil caminhões estão parados
Rural | 03 de Março de 2017 as 14h 00min
Fonte: André Jablonski

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), afirma que a fila de caminhões que se formou nos 100 quilômetros não asfaltados da BR-163, no Pará, pode levar toda a safra recorde para o ralo.
“Dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, à reportagem do jornal O Estado de São Paulo, após reunião com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella.
Na semana passada, estimava-se que mais de cinco mil caminhões estão parados na região. Grande parte dos veículos é originária de Mato Grosso e está carregada de soja. Os caminhoneiros utilizam o trecho para chegar ao Porto de Miritituba (PA), um dos principais locais de escoamento da produção de grãos mato-grossense.
Blairo informou ainda que 11 navios que estavam no Porto de Belém esperando carga de soja já foram desviados para portos do Sul do país. Neste sentido, o prejuízo para os produtores chega a 6 milhões de dólares só com a “demourage” – taxa paga para permanências das embarcações. O Estadão destaca que a carga desviada, por sua vez, poderá sobrecarregar portos como o de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Depois de reunião no Ministério dos Transportes para tratar de problemas na rodovia, o governo federal anunciou que até esta sexta (03) deverá ser zerada a fila de caminhões que se formou por causa das intensas chuvas na região.
Segundo informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, o setor estima que o prejuízo nessa safra será de R$ 350 milhões. “Estamos queimando notas de cem dólares, uma atrás da outra”, afirmou o executivo.
Blairo diz que a soja tem de ser entregue no prazo para o local definido pelo comprador, mas por conta do atraso no escoamento, a alternativa é adquirir soja de produtores dos Estados Unidos e Argentina. “E aquela soja brasileira que iria para esse comprador fica micada aqui”, explicou Maggi.
Blairo e o ministro dos Transportes traçaram um esquema para reduzir o envio de caminhões para a rodovia, para manter as condições de tráfego. A estrada será aberta para a passagem de caminhões por períodos. Um grupo de trabalho composto por representantes do governo federal e empresários do setor, além de Comitê Gestor para atuar no local danificado também foi criado para resolver a situação.
O trecho da BR-163 onde há pontos críticos devido à combinação de chuvas com tráfego intenso será pavimentado neste ano pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A meta é asfaltar 60 quilômetros em 2017. No ano que vem, serão asfaltados mais 40 quilômetros.
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