Sinop
Vereadores aprovam moção de repúdio ao governo por aumento nos impostos
Repúdio com 6 meses de governo foi contestado por alguns vereadores
Política | 09 de Julho de 2019 as 10h 32min
Fonte: Jamerson Miléski

A Câmara de vereadores de Sinop se posicionou oficialmente com relação ao Projeto de Lei 057/2019, do governo do Estado, que altera a política de incentivos fiscais, provocando um aumento de impostos em alguns itens de consumo. Durante a sessão de ontem, segunda-feira (8), os vereadores aprovaram com 11 votos a favor, 3 contra e uma abstenção, uma Moção de Repúdio ao governo Mauro Mendes (DEM), em razão do projeto.
A moção foi apresentada pelo vereador Dilmair Callegaro (PSDB), extra pauta, em primeira e única votação. No texto, Dilmair argumentou que o projeto de lei complementar 053/2019 provocará aumento de impostos nos medicamentos (de 15% para 17%), no etanol (de 10,5% para 12,5%), nos materiais de construção (de 10,5% para 17%), no transporte municipal (de 8% para 17%), e na madeira in natura (hoje isenta que passa a pagar até 17%). O vereador também salientou o aumento tributário na energia elétrica rural, que hoje varia de 3% a 15% de acordo com a faixa de consumo, e com as novas regras do PLC 053/2019, passariam de 17,9% a 30%, conforme o consumo. A energia solar, atualmente isenta, passa a ser tributada em 27%.
O vereador Luciano Chitolina (PSDB), abriu a discussão da moção. Ele foi contrário a moção por acreditar que não se pode repudiar um governo com apenas 6 meses de mandato. “Entendo a revolta da população, mas é um projeto que está sendo analisado e estudado pela Assembleia e o governador do Estado. O governador tem conversado com as entidades de classe sobre esse projeto de lei. Entendo que talvez não tenhamos o amplo conhecimento de como está esse projeto”, pontuou.
Chitolina chegou a pedir para seu colega de partido que ‘’segurasse’’ a moção de repúdio e sugeriu convocar a equipe de governo e seu líder na Assembleia, Dilmar Dal’Bosco (DEM), para conversar sobre o projeto de lei, antes de atestar o repúdio. “Não entendo como sendo algo bom uma câmara de vereadores como a de Sinop repudiar um governo no seu 6º mês de mandato. Não concordo com o aumento de impostos, mas vejo como precipitada uma moção de repúdio nesse momento”, completou.
O discurso em defesa do governo e pela cautela foi sucedido por um ácido ataque proferido pelo vereador Tony Lenon (MDB). Tony sugeriu ampliar a moção de repúdio para os deputados estaduais, dizendo que os parlamentares “não trabalham”. Para ele, o governo de Mauro Mendes é “parasita”. “Deve até estar resfriado de tomar ar condicionado na cabeça. Mauro Mendes trocado por nada é caro. Ele e Pedro Taques, se encangar os dois não sobra nada. Se precisar de um governo péssimo eles não prestam”, atacou.
Lindomar Guida (MDB), teve uma postura similar. “Um governo tão novo e já consegue aumentar o imposto da energia rural? Essa moção de repúdio tem que ser agora. No final do mandato não vai adiantar. Já fez o que tinha que fazer para ferrar os mais pobres”, discursou.
Guida acredita que a moção de repúdio agora pode frear o ímpeto do novo governo. Do contrário, ele acredita que o cenário futuro pode ser pior. “É um governo novo, se deixar ficar adulto imagina o que vai acontecer com a gente? Vai chegar ao meio a meio de imposto? Vai plantar 10 batatas, 5 pra tu e 5 para ele [o governo]?”, indagou Lindomar.
Contrário a moção, Leonardo Visera (PP), tentou buscar um ponto de equilíbrio, sugerindo trocar o “repúdio” por um “apelo”. “Nesse momento uma moção de repúdio é precipitado. Talvez uma moção de apelo para o governador rever o projeto seria melhor”, acrescentou.
Para o autor da moção de repúdio, esperar para formalizar a crítica ao projeto de lei pode tornar qualquer posicionamento inútil. Dilmair citou as notícias referentes a um almoço no final de semana entre o governador e os membros da Assembleia Legislativa, afirmando que, dos 24 deputados, 20 já concordam com o projeto. “Se deixar para semana que vem, eles vão votar. Eu não concordo, eu repudio! Acho um retrocesso. Alguns países incentivando a energia solar e o Mato Grosso taxando”, completou.
Além de Chitolina e Visera, Ícaro Severo (PSDB), também foi contra a moção. Joaninha (MDB), se absteve. Dilmair, Adenilson Rocha, Lindomar Guida, Tony Lenon, Joacir Testa, Maria José, Hedvaldo Costa, Mauro Garcia, Professora Branca, Agnaldo Ross e Remídio Kuntz foram favoráveis.
Notícias dos Poderes
Emenda de R$ 40 mi para entidade em Brasília gera embate entre Buzetti e Coronel Fernanda
14 de Agosto de 2025 as 14h58Julgamento no TRE-MT aponta maioria por absolvição de Chico Gamba e Robson Quintino
Relator aponta ausência de prova de ilicitude e destaca que adversário teve maior engajamento nas redes
13 de Agosto de 2025 as 17h06Câmara aprova projeto do Castramóvel e de políticas públicas voltadas para a saúde de Sinop
12 de Agosto de 2025 as 07h46Mendes lidera pesquisa ao Senado com 37,8%; Janaina tem 18,8%
O pleito eleitoral do ano que vem elegerá dois senadores; Pedro Taques tem a maior rejeição
12 de Agosto de 2025 as 07h50Trump oferece 50 milhões de dólares para quem prender Nicolás Maduro
09 de Agosto de 2025 as 08h30Lula diz que vai convidar Trump para a COP30, em Belém
Presidente quer saber o que norte-americano pensa da questão climática
06 de Agosto de 2025 as 07h00