Fundo eleitoral
Só em capitais, PL e PT gastaram mais do que ‘fundão’ de 21 partidos
Diretórios nacionais de ambos os partidos já depositaram mais de R$ 217 milhões nas contas de candidatos
	  
	  Política | 03 de Outubro de 2024  as 12h 59min
     Fonte: Noticias R7

Às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, os diretórios nacionais do PL e do PT depositaram mais de R$ 217 milhões do fundo eleitoral nas contas de candidatos a prefeito nas capitais. O valor já supera o total de recursos que outros 21 dos 29 partidos brasileiros terão para gastar durante todo o processo eleitoral. As siglas do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente, detêm as maiores fatias do Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanha, que tem R$ 4,9 bilhões disponíveis para o pleito deste ano.
As principais apostas de PL e PT estão na Região Sudeste, onde candidatos concentram cerca de 50% do valor doado pelos diretórios nacionais das legendas até aqui, segundo dados do sistema DivulgaCandContas até o fim de setembro.
Guilherme Boulos (PSOL) recebeu R$ 30 milhões da direção nacional do PT para a disputa em São Paulo. É o candidato que mais recebeu recursos do partido de Lula, que doou até agora R$ 82,7 milhões para suas apostas nas capitais. Depois de Boulos, aparecem os petistas Rogério Correia, que disputa a prefeitura de Belo Horizonte, com R$ 8 milhões, e Maria do Rosário, candidata em Porto Alegre, com R$ 7 milhões.
Já o principal beneficiado pela fatia do partido de Bolsonaro no Sudeste é Alexandre Ramagem (PL), que disputa a prefeitura do Rio. Ele recebeu R$ 26 milhões do fundo eleitoral até aqui. O PL já transferiu R$ 134,3 milhões para candidatos de capitais. Além de Ramagem, o investimento tem sido pesado nas campanhas de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, e de Bruno Engler (PL), em Belo Horizonte, com R$ 17 milhões e R$ 15 milhões doados, respectivamente.
Desigualdades
Para analistas ouvidos pela reportagem, a disparidade entre cifras dos partidos pode fazer com que siglas com menor poder financeiro acabem tendo de se aglutinar em torno de PL e PT. “O resultado das eleições deste ano vai permitir que o Congresso e os partidos avaliem a eficácia da atual regra do fundo eleitoral”, disse o cientista político José Álvaro Moisés, da USP.
“A democracia não existe sem recursos, mas o problema é que estamos em um país de desigualdades e necessidades de recursos para políticas públicas. Então, a questão é sobre a quantidade alocada pelo Congresso para si mesmo e que acaba sendo usada de forma concentrada por partidos que vão se distanciar muito dos outros”, afirmou Moisés.
Como a maior parte do dinheiro, por lei, deve ser utilizada no primeiro turno, a distribuição dos recursos do fundão é maior nesta primeira fase da disputa eleitoral. De acordo com os dados do DivulgaCandContas, mais de R$ 524 milhões aparecem como “doações” feitas pelo diretório nacional do PT, que tem R$ 619 milhões para usar ao todo. Na página do PL nacional, constam R$ 871 milhões em doações; o partido tem direito a R$ 886 milhões do fundão.
Em nota à reportagem, o PT defendeu o sistema de distribuição dos recursos do fundo eleitoral. “O mesmo critério foi aplicado em outras legislaturas, outras eleições, outros períodos históricos, resultando em constantes alternâncias na posição relativa das legendas. O financiamento público das eleições e de parte das atividades partidárias, respeitado o critério da representatividade, é uma garantia democrática contra a privatização da política”, afirmou a legenda.O diretório nacional do PL foi procurado pela reportagem, porém não havia respondido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.
Distorção
”As eleições municipais funcionam para indicar tendências para as eleições gerais”, disse Creomar de Souza, da consultoria Dharma Politics. “O esforço do bolsonarismo e do lulopetismo para gerar uma transformação no quadro de prefeituras nas capitais tem a ver com a mensagem que se quer passar para 2026, quando haverá disputa pelo Congresso.”
Para ele, o uso dos recursos mostra “a distorção de um sistema excessivamente baseado em financiamento público e um esforço das lideranças de buscarem mais a sobrevivência dos partidos do que a construção de um ambiente favorável à proposição de políticas públicas para o País”.
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