Inimigo Público
Silval diz ter sofrido ameaça de ex-aliados políticos
Juíza destaca que pressão e ameaças podem intimidar réu e deixar
Política | 14 de Junho de 2017 as 09h 55min
Fonte: Redação com Folhamax

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) insinuou em seu pedido de relaxamento da prisão preventiva que teria sofrido ameaças por conta dos “boatos” de que estaria firmando acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. No pedido, a defesa do ex-governador alega que ele tem adotado postura de confessar crimes e de restituir o erário com os valores desviados.
A defesa explicou que o ex-governador já não se sente seguro no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). A manifestação aponta ainda que familiares do ex-governador se sentem pressionados por pessoas que, eventualmente, podem ser citadas em seus depoimentos como participantes das fraudes investigadas no âmbito das operações “Sodoma” e “Seven”.
“O réu explica que em razão de sua nova postura defensiva e de boatos de que estaria negociando colaboração premiada tem se sentido inseguro no interior do cárcere, já que tem sido pressionado por pessoas as quais compromete-se a identificar futuramente, que temem ser citados em eventual celebração de acordo de colaboração premiada”, diz trecho do relatório da decisão da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que concedeu a prisão domiciliar ao ex-governador.
A manifestação do ex-governador foi acolhida pela magistrada. Selma Arruda destacou que, diante das ameaças sofridas pelo réu que adota a postura colaborativa, muitos fatos podem ficar obscuros. “A notícia trazida pelos acusados de que estão sofrendo assédio por parte de pessoas que têm interesse de manter os seus atos escusos em segredo é preocupante, na medida em que este assédio pode resultar não apenas em ameaça à integridade física dos próprios acusados, mas também em séria ameaça à descoberta de outros crimes que ainda não vieram ao conhecimento das autoridades investigadoras e dos juízos competentes”, diz trecho da decisão.
A juíza destacou que a mesma preocupação foi feita pelo Ministério Público Estadual, que manifestou pelo deferimento da prisão domiciliar. “Hoje o Ministério Público anui com a defesa e mais, também vê risco na sua manutenção em cárcere, já que os boatos acerca de possível celebração de acordo colaboração premiada podem servir como estímulo àqueles que ainda não estão sob a mira das investigações, no sentido de calar as confissões e delações operadas pelos dois acusados”, completa.
SOLTURA
Silval Barbosa foi colocado em liberdade após 1 ano e 9 meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Ele já prestou depoimentos a Delegacia Fazendária confessando crimes e admitindo a existência de uma organização criminosa em sua gestão.
Além dele, o ex-chefe de gabinete, Sílvio César Correa Araújo, também foi beneficiado com a decisão. “Braço direito” do ex-governador, Sílvio também colaborou com as investigações.
Tanto Silval como Sílvio ainda colocaram bens a disposição da Justiça para ressarcimento do erário. O ex-governador disponibilizou mais de R$ 46 milhões ao Judiciário, enquanto o ex-chefe de gabinete ofertou um imóvel avaliado em R$ 472 mil.
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