Fim da amizade
Neri culpa Fávaro por fraude em leilão no Mapa: 'fez a lambança'
Ex-secretário atribui exoneração ao ministro de Lula
Política | 28 de Janeiro de 2025 as 10h 09min
Fonte: Conexão Rural

Secretário de Política Agrícola demitido do governo federal em junho de 2024, após a crise na pasta provocada pelos desdobramentos da decisão do Ministério da Agricultura de importar 263 mil toneladas de arroz, Neri Geller abriu o verbo no último sábado (18). No programa Conexão Rural, ao vivo pelo You Tube do CR e pela Rádio Acústica FM, Geller criticou a condução da pasta pelo ministro Carlos Fávaro, o qual deixa claro ter sido o responsável por sua demissão. “Fui fritado e isso me entristeceu demais”, lamentou Geller, gaúcho de Selbach e que tem negócios em Mato Grosso, onde também fez sua carreira política.
No programa apresentado pelo jornalista Alex Soares, em que também participaram o comentarista José Carlos Pires, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho e o presidente da Câmara Setorial Nacional do Arroz, Henrique Dornelles, Neri Geller relembrou a escalada que culminou com a sua saída, primeiro anunciada como pedido de demissão pelo ministro, depois oficializada como exoneração (sem a pedido do servidor).
Segundo Neri, a iniciativa de aumentar o estoque de arroz nacional com o intuito de ajudar a conter a inflação começou a ser articulada antes da enchente de maio atingir o Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal. O então secretário chegou a participar duma reunião em que estavam o presidente Lula, o ministro Fernando Haddad (Economia) e o seu então chefe Fávaro.
“Eu aconselhei o Lula e os ministros a não autorizarem a compra, pois além de se mexer na cotação de um produto com precificação globalizada, isso não iria ter maiores efeitos na inflação, além do que iria gerar muita especulação no mercado”, contou Geller ao lembrar que ali o assunto morreu, mas veio com força meses depois com a imaginada queda de oferta de arroz por causa das cheias.
Geller associa diretamente Carlos Fávaro ao movimento para importação do cereal, bombardeada pelos arrozeiros à época. “Fávaro foi quem carregou essa bandeira, foi ele quem fez essa lambança”, disparou.
Mas por qual razão ele agiu assim?
Para o ex-assessor do Mapa, Fávaro agiu na ânsia de fazer média com o presidente da República, de querer ajudar na política de controle de inflação dentro desse modelo de assistencialismo. “Ao meu ver isso foi completamente equivocado”, comentou ele ao acusar Fávaro de agir contra ele movido por uma “ciumeira desnecessária”.
Neri também classificou como “acéfalo” o Mapa sob a gestão de Fávaro:
“Não existe hoje no ministério, por exemplo, uma política de crédito, de seguro agrícola, de preços mínimos”, observou.
“E o que são esses leilões para compra de arroz? Um absurdo! Como se faz leilões quando o mercado oferece preços muitos superiores aos sugeridos pelo governo? Total absurdo! Desculpe, mas isso não é ajudar o governo”, criticou Geller.
Sobre a sua ligação com um ex-assessor, que teria operado no leilão, que acabou cancelado, Geller diz não ter qualquer influência.
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