“Excesso de politização”
Gilmar Mendes diz ser contra tratar PCC e CV como facções terroristas
Ministro do Supremo disse que debate sobre crime organizado no país está "politizado"
Política | 07 de Novembro de 2025 as 11h 15min
Fonte: Isto é

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira, 5, que não vê necessidade de criar lei para classificar organizações criminosas como terroristas, proposta da lei antiterrorismo que tramita na Câmara. Para ele, o País enfrenta um “excesso de politização” nas iniciativas voltadas ao enfrentamento do crime organizado.
“Não vamos necessitar disso. Nós precisamos tratar do crime dentro dos padrões normais da institucionalidade. Me parece que há muita bravata em torno desse tema e um excesso de politização, tendo em vista inclusive os conflitos que se articulam no País”, disse a jornalistas após evento do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), de que é co-fundador, na Argentina.
O projeto que equipara facções criminosas como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) a grupos terroristas está sendo discutido na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira, 5, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo é “terminantemente contra” a proposta.
“Terrorismo tem objetivo político e ideológico, e o terrorismo, pela legislação internacional, dá guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso País”, disse a ministra. Ainda de acordo com Gleisi, o Brasil já conta com uma legislação de combate às organizações criminosas.
O tema ganhou tração após a megaoperação contra o CV nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. Governadores que anunciaram “consórcio da paz” para combater o crime, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO), passaram a se manifestar pela aprovação da lei.
A aposta do governo federal para a pauta do combate ao crime organizado é o projeto antifacção, enviado ao Congresso em meio à repercussão da operação.
O projeto traz mudanças em leis como o Código Penal, o Código de Processo Penal, a Lei dos Crimes Hediondos, a Lei da Prisão Temporária e a Lei de Execução Penal. Estão previstos o estabelecimento de um novo tipo penal (organização criminosa qualificada), aumento de pena para líderes de organizações criminosas e a criação do Banco Nacional de Organizações Criminosas, entre outras medidas.
Notícias dos Poderes
Quatro deputados de MT votam a favor de projeto que restringe acesso de vítimas de estupro a aborto legal
Ao todo, o PDL 3/2025 recebeu 317 favoráveis e 111 contrário; agora o texto segue para votação no Senado
07 de Novembro de 2025 as 08h40Max Russi ironiza ausência de Rogério Gallo e diz que ele 'faltou porque é difícil explicar o orçamento'
06 de Novembro de 2025 as 12h29Câmara aprova projeto que dificulta abortos legais em crianças
Ministério das Mulheres demonstrou preocupação com o projeto que vetaria a resolução do Conanda
06 de Novembro de 2025 as 12h25Ex-prefeito de Guarantã do Norte, Erico Stevan, recebe Moção de Aplausos da Câmara de Sinop
05 de Novembro de 2025 as 14h17Aumento da licença-paternidade para 20 dias é aprovado pela Câmara
Período será implantado progressivamente ao longo de cinco anos
05 de Novembro de 2025 as 09h41Projeto que autoriza 10 armas por cidadão e reduz burocracias avança no Senado
Medida simplifica o processo de aquisição e muda os critérios de antecedentes criminais para a obtenção do registro.
05 de Novembro de 2025 as 08h30Toffoli suspende trecho da Constituição de MT que garantia emendas de bancada da AL
04 de Novembro de 2025 as 16h08Pesquisa encomendada pela RECORD mostra intenções de voto para o governo de MT em 2026
No primeiro cenário estimulado, Wellington Fagundes, do PL, aparece com 42%
04 de Novembro de 2025 as 09h45