UM MATO GROSSO PARA TODOS
Durante entrega de equipamentos, Jayme Campos sinaliza por um novo projeto eleitoral para o Governo do Estado
SENADOR REÚNE PREFEITOS E WELLINGTON FAGUNDES E APONTA QUE TRABALHA POR UMA NOVA CANDIDATURA E VAI PROCURAR NOVOS APOIOS
Política | 27 de Outubro de 2025 as 19h 06min
Bastou o senador Jayme Campos (Federação União Progressista, formada a partir da somatório do União Brasil e do Partido Progressista) demonstrar, durante solenidade de entrega de máquinas e veículos para 42 municípios de Mato Grosso com investimentos superior a R$ 20 milhões em emendas de sua autoria para que a sucessão ao Governo de Mato Grosso, ganhasse novos contornos e despertasse a intenção de outros pré-candidatos em construir juntos uma candidatura própria.
Para se ter uma ideia de como sinais eleitorais foram emitidos durante a solenidade de entrega de maquinários, basta ver que a mesma aconteceu na Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Várzea Grande, principal reduto eleitoral de Jayme Campos e atualmente administrado pelo PSD e contou com a participação do ministro interino, Irajá Lacerda (PSD).
Irajá Lacerda disputou sua primeira eleição em 2022 e obteve quase 55 mil votos, ou seja, mais de 7,1 mil votos, além do último deputado federal eleito, o Coronel Assis (FUP) que obteve 47 mil votos. Irajá ficou de fora por causa do quociente partidário, assim como em a deputada federal mais votada, Rosa Neide (PT) com quase 125 mil votos que também não conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados, o que representa dizer que nenhum dos eleitos em 2022 para a Bancada de Mato Grosso obteve mais de 100 mil votos.
Rosa Neide (PT) e Irajá Lacerda (PSD) que disputaram para deputado federal juntos somaram mais votos que os três últimos menos votados e eleitos em 2022 para representar Mato Grosso na Câmara Federal.
Voltando ao evento da entrega de máquinas agrícolas e pesadas, o ministro interino estava representando o titular do MAPA e senador Carlos Fávaro (PSD), que acompanha o presidente Lula em visita oficial à Ásia, aonde aconteceu o primeiro encontro oficial entre os presidentes Donald Trump dos Estados Unidos e Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil.
O fato do evento acontecer na superintendência do MAPA, demonstra a proximidade com que o senador Jayme Campos (FUP) e o ministro Carlos Fávaro (PSD) estão se articulando e com amplas chances de caminharem juntos, pois o próprio presidente do PSD, Gilberto Kassab ligou para o senador do União Brasil e além de oferecer abrigo em sua sigla, garantiu apoio político e do fundo partidário para que Jayme Campos dispute tanto o Governo do Estado como uma das vagas para o Senado, já que Fávaro também está na reta final de seu mandato de oito anos de Senado, lembrando que ele foi eleito em pleito suplementar em 2020.
Na entrega de máquinas e equipamentos para 41 das 142 cidades de Mato Grosso, também compareceu o senador Wellington Fagundes (PL) que está sendo literalmente cozinhado em banho-maria, já que a cúpula do PL mantém o apoio a sua candidatura ao Governo do Estado para sucessão de Mauro Mendes, mas o líder do partido, o ex-presidente e futuro condenado Jair Bolsonaro contraria a vontade do partido.
Primeiro Jair Bolsonaro, em um lance inesperado e muito bem calculado pelo governador Mauro Mendes, declarou apoio, primeiro as duas candidatura ao Senado por Mato Grosso, para o próprio governador Mauro Mendes (FUP) e para o deputado federal José Medeiros (PL). Já em um novo lance político, que o chefe do Poder Executivo e o próprio vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), fizeram cara de espanto e de quem desconhecia o fato, declarou apoio a candidatura de Pivetta, argumentando que a decisão era decorrente de um possível apoio de Wellington Fagundes a candidatura ao Senado de Janaina Riva, presidente do MDB e sua nora.
A candidatura Janaina Riva (MDB), causa calafrios no Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado que quer impedir de qualquer maneira a candidatura da mesma para uma das duas vagas do Senado, por causa do voto em duplicidade de cada eleitor, ou seja, cada um dos 2.588.457 eleitores (dados do TSE de setembro de 2025), pode votar duas vezes para o Senado em candidatos diferentes, ou seja, existe a possibilidade de se ter mais de 5 milhões de votos para as duas vagas de Senador, lembrando que este números são de eleitores e mais de 30% deixam de comparecer às urnas, números que variam de eleição para eleição, tornando um possível resultado eleitoral incerto, até mesmo para os preferidos na disputa eleitoral como o caso do ainda hoje governador Mauro Mendes.
Por exemplo em 2018, quando foram eleitos Jayme Campos (DEM) e Selma Arruda (PSL) que menos de um ano após sua posse seria cassada por abuso de poder econômico, Mato Grosso somou pouco mais de 1.757 milhão de votos válidos e como a disputa era para duas vagas no Senado, valeram mais de 3,5 milhão de votos.
Em 2020, quando foram eleitos prefeitos e vereadores, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também realizou eleição suplementar para a vaga de senador aberta com a cassação de Selma Arruda e na ocasião foi eleito, Carlos Fávaro (PSD) que menos de dois anos antes ficou em quarto lugar e posteriormente foi eleito.
Em ambas as eleições foram mais de 12 candidatos ao Senado da República, tanto em 2018 como em 2022.
No evento, as manifestação de Wellington Fagundes (PL) de apoio a candidatura de Jayme Campos (FUP) e dos prefeitos presentes ao evento, calibraram os bastidores da sucessão estadual, tanto que o prefeito de Diamantino, em seu terceiro mandato, Chico Mendes, irmão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, falando em nome dos prefeitos declarou que uma palavra representaria o trabalho do senador Jayme Campos por Mato Grosso e por seus municípios: "Respeito", frisando ele que quem busca apoio de Jayme Campos não sai de mãos vazias e concluiu dizem que: "Quem disputou seis eleições majoritárias, novo voto popular, com certeza vai conquistar sua sete vitória com o apoio do povo", assinalou o prefeito de Diamantino.
A sinalização do senador Wellington Fagundes de que pode acompanhar uma eventual candidatura de Jayme Campos, ainda mais depois de ter sido "escandalosamente traído" (conforme Jayme Campos) de olho em potencializar sua nora Janaina Riva também preocupa a claque do governador Mauro Mendes (FUP) e do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) , pois uma eventual chapa reunindo os senadores Jayme Campos (FUP), Carlos Fávaro (PSD) e Janaina Riva (MDB), e o apoio de Wellington Fagundes (PL) seria um páreo duro para qualquer candidato enfrentar.
No domingo passado, portanto, um dia depois da entrega de equipamentos Jayme Campos (FUP) foi a Alto Araguaia, participar das solenidades do 87 Aniversário de Emancipação da cidade e reafirmou seu compromisso de montar uma chapa competitiva e que mude a realidade de Mato Grosso, um Estado rico de povo pobre, porque centralizar nas mãos de poucos toda a riqueza e disparou que muitos destes ricos assim o ficaram por serem protegidos de governos, ao não pagarem impostos como todos os demais cidadãos.
No evento da entrega, Jayme Campos (FUP) mandou duro recado ao governador Mauro Mendes ao criticar o Parque Novo Mato Grosso. "Aonde faltam vagas de UTI, vagas em escolas, segurança pública contra o feminicídio, alta taxa de sonegação de impostos, gastar bilhões em um parque chega a ser um desatino para com a população que deseja mais saúde, mais educação, mais social, mais moradia digna e principalmente participar do desenvolvimento de Mato Grosso que necessita ser mais igualitário e menos protecionista daqueles que já tem muito", disse Jayme Campos reafirmando não ser contra o Parque Novo Mato Grosso, mas que "é um benefício que se demonstra necessário quando se tem saúde de qualidade, educação de nível, segurança sempre presente e uma qualidade de vida que está longe da maioria de nossa população", explicou Jayme Campos.
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