Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Quinta Feira 17 de Julho de 2025

Menu

'PL da Devastação'

Como os deputados federais de MT votaram em projeto que flexibiliza regras ambientais

O texto, apelidado por ambientalistas e entidades da sociedade civil de “PL da Devastação”, foi aprovado na madrugada

Política | 17 de Julho de 2025 as 15h 49min
Fonte: Redação G1-MT

Foto: Divulgação

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de quinta-feira (17), o projeto que institui a nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O texto, apelidado por ambientalistas e entidades da sociedade civil de “PL da Devastação”, recebeu 267 votos favoráveis e 116 contrários. Entre os parlamentares de Mato Grosso, seis votaram a favor da proposta, veja abaixo:

  1. Coronel Fernanda (PL)
  2. José Medeiros (PL)
  3. Nelson Barbudo (PL)
  4. Rodrigo da Zaeli (PL)
  5. Gisela Simona (União)
  6. Coronel Assis (União)

Já os deputados do MDB, Emanuel Pinheiro Neto e Juarez Costa não participaram da votação.

Câmara aprova projeto que flexibiliza licenciamento ambiental

A proposta, que tramitou por mais de duas décadas no Congresso, foi votada entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira, em uma sessão iniciada por volta das 23h45 e encerrada às 1h45. A aprovação ocorreu justamente no dia 17 de julho, data em que se celebra o Dia Nacional de Proteção das Florestas. A votação foi realizada em formato híbrido, com participação de deputados presencialmente no plenário e também de forma remota

O texto aprovado promove uma reformulação profunda nas regras de licenciamento ambiental no país. Entre os principais pontos estão:

Criação de processos autodeclaratórios para obtenção de licenças;

Dispensa de licenciamento para determinadas atividades;

Renovações automáticas de licenças ambientais;

Redução do papel de órgãos federais como o Ibama e o Conama, com a transferência de competências para estados e municípios;

Exclusão de terras indígenas e territórios quilombolas não homologados como áreas protegidas nos processos de licenciamento e outras alterações.

Nas redes sociais, diversos movimentos sociais e organizações ambientais se manifestaram contra a aprovação da nova lei. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) classificou a medida como uma “tragédia anunciada”. Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também se posicionou pelas redes sociais, afirmando que a proposta aprovada pela Câmara “impõe retrocessos estruturais".