Homicídio qualificado
Mãe suspeita de matar filha de 2 meses aparece com bebê em bar horas antes da morte
Em imagens gravadas por testemunha, mãe aparece com a filha no colo e expõe a criança durante discussão. Bebê foi encontrada morta na manhã seguinte e pais permanecem presos.
Polícia | 15 de Outubro de 2025 as 09h 41min
Fonte: Redação G1

Um vídeo mostra Renata Pereira dos Santos, de 26 anos — suspeita de matar a própria filha Melinda Sofia Conceição dos Santos, de quase 2 meses — com a bebê no colo em um bar de Boa Vista, horas antes de a criança ser encontrada morta no apartamento da família. Renata e o pai, Halisson Conceição dos Santos, de 36, estão presos por homicídio qualificado pela morte de Melinda.
As imagens foram gravadas por uma testemunha por volta das 10h30 de domingo (12). Melinda foi encontrada morta com hematomas em um apartamento no bairro Jardim Equatorial, zona Oeste de Boa Vista na manhã da segunda-feira (13).
No vídeo, Renata aparece com a criança no colo enquanto briga com a testemunha. Ela então começou a filmar.
Em vários trechos, a mãe expõe a menina à câmera — segurando-a e encorajando que a outra pessoa “poste” imagens ou grave a cena.
Em outro momento ela afirma que o pai de Melinda é advogado e por isso ela não tem medo de expor a criança. Halisson é churrasqueiro.
"Para tu ver, o tanto que eu sou doida, porque se eu fosse normal, aonde que eu ia expor minha filha, desse jeito... eu não ia expor, mas eu sou tão doida que eu exponho mesmo", afirma Renata enquanto briga.
Mesmo aparecendo com a criança no colo, Renata afirmou no depoimento que não saiu com a criança e que a deixou em casa com o pai.
Presos por homicídio qualificado
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Renata Ferreira dos Santos, de 26 anos, e Halisson Conceição dos Santos, de 36, suspeitos de matar a filha Melinda Sofia Conceição dos Santos, de menos de 2 meses. — Foto: Reprodução
A Justiça de Roraima decretou a prisão preventiva do casal Renata e Halisson por homicídio qualificado. O juiz levou em consideração que Renata enviou mensagens a Halisson ameaçando matar a própria filha.
O casal foi preso em flagrante pela Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) e é investigado por homicídio qualificado com quatro agravantes, entre elas motivo torpe, motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e homicídio praticado contra menor de 14 anos por ascendente.
Na decisão, o magistrado destacou que o caso apresenta “risco real e atual à ordem pública” e que a conduta do casal “reforça a necessidade de segregação cautelar”.
Segundo o documento, as versões dos dois são contraditórias, e há mensagens de texto nas quais a mãe teria dito que mataria a filha, sem que o pai tomasse qualquer providência.
"As versões apresentadas por ambos são contraditórias, sendo que um aponta o outro como o responsável pelo resultado morte. Contudo, há mensagens de texto através da qual Renata fala de forma expressa que irá matar a infante, sendo que Halisson não age com a devida providência para evitar referido resultado", destacou o juiz na decisão.
Conforme o delegado João Evangelista, diretor em exercício do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), o casal foi inicialmente apresentado pela Polícia Militar no Plantão Central I e, depois, encaminhado à DGH, onde as diligências foram conduzidas.
O delegado informou que as investigações apontam que o relacionamento entre os dois era marcado por brigas constantes e episódios de violência. Há indícios de que a criança vivia em situação de vulnerabilidade desde o nascimento.
“Na madrugada em que o crime ocorreu, o casal teria ingerido bebida alcoólica e se envolvido em uma nova discussão, o que pode ter sido o estopim para o delito”, explicou o delegado.
O casal, de acordo com vizinhos, havia sido expulso do apartamento onde viviam há 3 meses pelos donos da vila por causa de "brigas constantes".
O caso
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Melinda Sofia Conceição dos Santos tinha menos de 2 meses e foi encontrada morta — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR e Arquivo Pessoal
A menina foi encontrada morta na manhã da segunda. A mãe foi presa em flagrante, e o pai foi levado, inicialmente apenas para prestar depoimento.
Segundo a Polícia Militar, a mãe relatou que, por volta das 4h da manhã, deixou a filha sozinha em casa para ir comprar absorventes. Depois, foi até uma distribuidora de bebidas onde estava o pai da bebê. Ela disse que entregou a chave do apartamento a ele, afirmando que era a vez dele cuidar da filha.
A Justiça considerou a versão contada por Renata "contraditória".
A Delegacia Geral de Homicídios (DGH) e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para o local. O corpo da menina foi encaminhado para exame de necropsia, que deve apontar a causa da morte.
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