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Bom dia, Sábado 12 de Julho de 2025

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Agredida pelo namorado

Irmã de adolescente morta por namorado médico está consciente e bebê fora de risco

A jovem está gestante de oito meses, e, felizmente, não teve a barriga atingida durante o ataque

Polícia | 11 de Julho de 2025 as 07h 57min
Fonte: Unica News

Foto: Divulgação

Kanake Gabrieli de Souza, de 22 anos, que foi atacada com golpes de enxada na madrugada do último domingo (06), em Tangará da Serra, continua internada, mas já está consciente. A jovem está gestante de oito meses, e, felizmente, não teve a barriga atingida durante o ataque.

A jovem é irmã de Ketlhyn Vitória de Souza, adolescente de apenas 15 anos que foi morta pelo namorado, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29, em maio deste ano. O agressor, identificado pelas iniciais A.L.S.O., de 24 anos, seria cunhado do irmão de Bruno.

Após o ataque, Kanake deu entrada na unidade de saúde inconsciente e em estado grave, com hematomas em seu rosto, abdômen e um dos braços fraturado. Ela precisou ser intubada. Mas, conforme apurado pelo Única News, a jovem já está acordada e consciente, além de não ter tido a gestação afetada. Ela permanece internada e o bebê sendo observado.

O ataque

Conforme o registro de ocorrência, mesmo sendo agredida, Kanake conseguiu entrar em contato com uma amiga, que ao atender o telefone ouviu apenas os gritos de socorro. A testemunha foi até a casa da vítima e, ainda ouvindo gritos, subiu o muro da residência e viu A.L.S.O. golpeando a jovem com uma enxada.

A amiga de Kanake conseguiu chamar a polícia e acionou também o Corpo de Bombeiros, que encaminhou a gestante para uma unidade de saúde. Inconsciente e em estado grave, ela precisou ser intubada. Foram registrados hematomas em seu rosto, abdômen e um de seus braços foi fraturado.

O criminoso conseguiu fugir do local. Mas, ainda conforme registro, um policial militar que voltava para casa viu o um homem com as roupas sujas de sangue na rua e contatou a corporação para saber se havia ocorrência em andamento. Informado de que o bandido que agrediu Kanake havia fugido, ele capturou A.L.S.O., que estava a cerca de 600 metros da residência onde cometeu o crime.

Caso Ketlhyn

A adolescente foi morta no dia 2 de maio deste ano, no município de Guarantã do Norte. Bruno dirigia pelas ruas da cidade quando colocou a Ketlhyn em seu colo, permitindo que ela conduzisse o veículo, enquanto ele exibia uma arma. Enquanto trafegava pela Avenida Guarantã, o médico puxou o gatilho, disparando o tiro que atingiu a nuca e matou a adolescente. Os dois estavam alcoolizados. Ele levou a adolescente até o hospital e fugiu assim que soube que ela não havia sobrevivido. Posteriormente, ele se entregou à polícia.

O inquérito policial foi concluído no dia 16 de maio e Bruno foi indiciado por sete crimes, sendo: feminicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar —, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, fornecer a adolescentes bebida alcoólica para menor, dirigir sob efeito de álcool, entregar veículo automotor a pessoa não habilitada e depredar patrimônio público.

O laudo de reprodução simulada emitido pela Politec apontou que o disparo efetuado por Bruno foi involuntário, que acontece por ação daquele que manuseia a arma, ainda que este não tenha intenção efetiva de atirar. Segundo o delegado que conduziu a investigações, Waner dos Santos, isto aponta que embora o médico não tenha tido a intenção de matar a namorada, ele quis atirar - foi iniciativa própria.