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Bom dia, Quarta Feira 20 de Agosto de 2025

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Envelope com R$ 10 mil

Ex-mulher de sargento se entrega após trama contra presidente do TJ-MT

Laura Kellys é ex-esposa de militar que intermediou morte de advogado

Polícia | 19 de Agosto de 2025 as 14h 55min
Fonte: FolhaMax

Foto: Reprodução

Laura Kellys Bezerra da Cruz, acusada de participar do esquema para entregar R$ 10 mil a um advogado em nome do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (19). Conforme já divulgado, o sargento da Polícia Militar Eduardo Soares de Moraes, lotado no Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), foi preso na última semana após se passar por Zuquim e contratar um motorista de aplicativo para deixar, na noite de terça-feira (12), um pacote com o montante na portaria do TJ, que seria entregue a um advogado.

Ele teria utilizado um carro por aplicativo com identidade falsa, tentando enganar o motorista e, em seguida, teria ameaçado o motorista. Eduardo afirmou que agiu a pedido do sargento Jackson Pereira Barbosa, preso no batalhão da Rotam por intermediar a morte do advogado Renato Neri.

A ex-esposa de Jackson, Laura Kellys, era considerada foragida por não ter sido localizada para prestar esclarecimentos sobre o caso. A informação consta em decisão do juiz Marcos Faleiros da Silva, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, que manteve a prisão de Eduardo.

No despacho, o militar foi classificado como “audacioso e ousado”. Na avaliação de Faleiros, o ato configura desvio funcional gravíssimo, caracterizando uma conduta que transcende a mera lesividade patrimonial ou pessoal imediata, afetando diretamente a integridade e a credibilidade das instituições públicas, em especial do Poder Judiciário estadual.

Além disso, o magistrado ressaltou que o envelope contendo o dinheiro seria entregue na sede do Tribunal de Justiça, local onde a vítima exerce a função de presidente da Corte.  "A narrativa apresentada pelo custodiado, longe de afastar sua responsabilidade, apenas revela o vínculo com uma associação delituosa em curso, com núcleo já identificado (Sgt. Jackson) e outro membro em evasão (Laura Kellys), o que aumenta o grau de periculosidade social e institucional da conduta. Além disso, o fato de a esposa do policial preso estar foragida, com paradeiro ignorado pelas autoridades, representa um claro risco à instrução criminal e à aplicação da lei penal, já que sua localização é crucial para o completo esclarecimento dos fatos", alerta.