Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Segunda Feira 14 de Julho de 2025

Menu

Resultados impressionantes

Concurso premiou fotos aéreas mais incríveis de 2025; confira 10 destaques

A estreia do “Fotógrafo Aéreo Internacional do Ano” mostrou que as imagens tiradas do alto se firmaram como uma forma poderosa de expressão artística e documentação ambiental

Geral | 13 de Julho de 2025 as 19h 52min
Fonte: Galileu

Foto: Divulgação

No livro O Símbolo Perdido (2009), Dan Brown afirma que “às vezes basta uma pequena mudança de perspectiva para vermos algo familiar a uma luz completamente diferente”. Parece que foi a partir dessa premissa que a organização do tradicional Prêmio Internacional de Fotógrafo de Paisagem do Ano decidiu lançar uma nova competição em 2025.

Após mais de uma década avaliando paisagens terrestres, os curadores notaram um crescimento consistente no número e na qualidade das fotos captadas por drones, aviões, balões, helicópteros e até mesmo por alpinistas. Assim, nasceu o Prêmio Internacional de Fotógrafo Aéreo Internacional do Ano, voltado exclusivamente para imagens captadas do alto.

“Olhar de cima para o nosso objeto produz uma perspectiva nova, intrigante e, às vezes, ambígua”, escreve Peter Eastway , organizador do concurso e presidente do júri, em comunicado. “Certamente, parte do apelo reside no fato de a vista ser nova e diferente do que vemos na maioria das vezes. Afinal, a maioria de nós caminha com os olhos a apenas 1,5 metro do chão”.

Resultados impressionantes do concurso

A edição de estreia reuniu mais de 1.500 imagens inscritas em seis categorias, enviadas por fotógrafos de todo o mundo. Ao todo, o concurso distribuiu US$ 10 mil (cerca de R$ 55,4 mil) em prêmios em dinheiro, e ainda publicou um e-book especial com os 101 melhores trabalhos julgados por um trio de juízes.

O livro reúne uma seleção diversa e impactante que mistura abstrações, paisagens naturais monumentais, cenas da vida selvagem e registros de fenômenos raros. Ficou curioso? A seguir, reunimos 10 destaques que impressionaram o público por sua beleza, originalidade e excelência técnica:

 

1. “Concerto” - Joanna Steidle

"Concerto" de Joanna Steidle — Foto: Joanna Steidle
"Concerto" de Joanna Steidle — Foto: Joanna Steidle
 

A grande vencedora da primeira edição do prêmio foi Joanna Steidle, fotógrafa e operadora de drones baseada em Long Island, Nova York. Com um olhar apurado para cenas marítimas, ela apresentou um portfólio com quatro imagens registradas entre 6 e 13 km da porta de sua casa.

Em “Concerto”, é possível ver um grupo de arraias-focinho-de-vaca nadando em sincronia enquanto levantam areia do fundo do mar. A cena, captada a poucos metros da costa de Southampton, parece um espetáculo orquestrado da natureza – daí o nome dado à imagem.

2. “Mergulho” - Joanna Steidle

Em "Mergulho", uma baleia jubarte submerge após respirar a cerca de 150 metros da costa de Southampton, Nova York — Foto: Joanna Steidle
Em "Mergulho", uma baleia jubarte submerge após respirar a cerca de 150 metros da costa de Southampton, Nova York — Foto: Joanna Steidle

Outra imagem de destaque do portfólio de Steidle mostra uma baleia-jubarte submergindo após respirar, a cerca de 150 metros da costa. Em “Mergulho”, a calma e o mistério do oceano se impõem na tela, enquanto uma silhueta escura de baleia cria uma composição tão dramática quanto serena. A proximidade do registro e a precisão técnica chamaram a atenção dos jurados.

3. “Caveira Fumegante” - Daniel Viñé Garcia

“Caveira Fumegante”, de Daniel Viñé Garcia, retrata o vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, enquanto esfria. As rachaduras na lava formaram uma caveira, criando uma ilusão natural efêmera e sinistra — Foto: Daniel Viñé Garcia
“Caveira Fumegante”, de Daniel Viñé Garcia, retrata o vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, enquanto esfria. As rachaduras na lava formaram uma caveira, criando uma ilusão natural efêmera e sinistra — Foto: Daniel Viñé Garcia

O fotógrafo espanhol Daniel Viñé Garcia ficou em segundo lugar no concurso geral com imagens que exploram a força e a forma dos vulcões. Sua foto mais impactante, “Caveira Fumegante”, mostra o vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, enquanto a lava ainda esfria. As rachaduras e linhas naturais na crosta vulcânica formaram, por acaso, o desenho de uma caveira, em um efeito visual sinistro e momentâneo que só poderia ser registrado do alto.

4. “Flamingos sobre o lago” - David Swindler

David Swindler, que conquistou o terceiro lugar no concurso de Fotógrafo Aéreo do Ano, capturou esta imagem de sete flamingos voando sobre um lago — Foto: David Swindler
David Swindler, que conquistou o terceiro lugar no concurso de Fotógrafo Aéreo do Ano, capturou esta imagem de sete flamingos voando sobre um lago — Foto: David Swindler

David Swindler conquistou o terceiro lugar geral com seu portfólio que retrata aves e paisagens costeiras. Em destaque, a imagem “Flamingos sobre o lago” mostra sete flamingos voando em formação sobre um lago. A vista aérea revela o contraste entre o grupo de aves e a superfície tranquila da água, criando uma imagem harmoniosa e cativante, com senso de movimento e leveza.

5. “Cono de Arita” - Ignacio Palacios

Anti-raios crepusculares em Cono de Arita, La Puna, na Argentina — Foto: Ignacio Palacios
Anti-raios crepusculares em Cono de Arita, La Puna, na Argentina — Foto: Ignacio Palacios

O australiano Ignacio Palacios venceu a principal categoria individual do concurso com uma imagem surpreendente do Cono de Arita, no deserto de sal da Argentina. A formação geológica, feita de rocha vulcânica e sal, aparece como um cone solitário no meio de uma planície branca infinita, criando um efeito visual quase surreal, como se fosse uma instalação artística em um planeta alienígena.

6. “Árvore de Gelo” - Talor Stone

"Árvore de Gelo" conquistou o segundo lugar no prêmio de Fotografia Aérea do Ano. Nele, o desprendimento glacial revela um padrão orgânico inesperado na água do Parque Nacional do Nordeste da Groenlândia — Foto: Talor Stone
"Árvore de Gelo" conquistou o segundo lugar no prêmio de Fotografia Aérea do Ano. Nele, o desprendimento glacial revela um padrão orgânico inesperado na água do Parque Nacional do Nordeste da Groenlândia — Foto: Talor Stone

Talor Stone usou seu drone para registrar um impressionante desprendimento glacial no Parque Nacional do Nordeste da Groenlândia. A imagem revela um padrão orgânico semelhante a uma árvore com raízes expostas (por isso o nome “Árvore de Gelo”). A justaposição de arte natural e preocupação ambiental transformou a imagem em uma das favoritas dos jurados.

7. “Calota polar de Austfonna” - Thomas Vijayan

Na geleira Bråsvellbreen, parte da calota polar de Austfonna, em Svalbard, Noruega, o derretimento precoce e as poderosas cachoeiras são sinais das mudanças climáticas — Foto: Thomas Vijayan
Na geleira Bråsvellbreen, parte da calota polar de Austfonna, em Svalbard, Noruega, o derretimento precoce e as poderosas cachoeiras são sinais das mudanças climáticas — Foto: Thomas Vijayan

O canadense Thomas Vijayan foi premiado por sua fotografia da geleira Bråsvellbreen, em Svalbard, na Noruega. A imagem mostra o início do derretimento da calota polar de Austfonna, com grandes cachoeiras se formando na superfície gelada. O impacto visual da imagem, aliado à sua força como denúncia ambiental, deu-lhe o terceiro lugar na principal categoria individual.

8. “Depois da Refeição” - Pål Hermansen

Usando um drone com lente teleobjetiva, Pål Hermansen capturou esta imagem de um urso polar em Svalbard após comer uma carcaça de morsa, conquistando o prêmio na categoria drone — Foto: Pål Hermansen
Usando um drone com lente teleobjetiva, Pål Hermansen capturou esta imagem de um urso polar em Svalbard após comer uma carcaça de morsa, conquistando o prêmio na categoria drone — Foto: Pål Hermansen

Na categoria dedicada exclusivamente a drones, o norueguês Pål Hermansen impressionou com uma cena crua e poderosa: um urso polar descansando após se alimentar de uma carcaça de morsa, na região do Ártico. A lente teleobjetiva do drone permitiu capturar detalhes do momento com respeito à distância e sem interferir na cena selvagem.

9. “Coruja torcida” - Colin Leonhardt

"Coruja torcida", que rendeu a Colin Leonhardt a categoria abstrata, mostra uma barragem de rejeitos de mineração perto de Collie, Austrália Ocidental — Foto: Colin Leonhardt
"Coruja torcida", que rendeu a Colin Leonhardt a categoria abstrata, mostra uma barragem de rejeitos de mineração perto de Collie, Austrália Ocidental — Foto: Colin Leonhardt

O australiano Colin Leonhardt venceu a categoria de imagens abstratas com “Coruja torcida”, uma fotografia aérea de uma barragem de rejeitos de mineração perto de Collie, na Austrália Ocidental. A partir do alto, a composição remete a uma coruja deformada, em um efeito inesperado e provocador que mistura arte e crítica ambiental.

10. “Acima do Gelo” - Fabien Guittard

Em "Acima do Gelo", vencedor do Prêmio Escolha do Presidente, duas focas descansam pacificamente em uma placa de gelo flutuante na lagoa glacial de Jokulsarlon, no sul da Islândia — Foto: Fabien Guittard
Em "Acima do Gelo", vencedor do Prêmio Escolha do Presidente, duas focas descansam pacificamente em uma placa de gelo flutuante na lagoa glacial de Jokulsarlon, no sul da Islândia — Foto: Fabien Guittard

O francês Fabien Guittard foi escolhido pessoalmente pelo presidente do júri, Peter Eastway, com sua imagem poética “Acima do Gelo”. Nela, duas focas descansam sobre uma placa de gelo flutuante na lagoa glacial de Jokulsarlon, no sul da Islândia. A simplicidade da cena, capturada com delicadeza e precisão, emocionou o júri e rendeu a Guittard o Prêmio Escolha do Presidente.