Violência no trânsito
Com alta de 26% em dez anos, mortes com motos disparam em MT
Óbitos com motos representam 44% das mortes no trânsito no estado; país enfrenta novo ciclo de alta após estabilidade na pandemia
Geral | 13 de Maio de 2025 as 21h 49min
Fonte: PNB Online

Mato Grosso registrou em 2023 uma taxa de 14,7 mortes por 100 mil habitantes em acidentes com motos. O número é mais que o dobro da média brasileira, que foi de 6,3. O dado faz parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12.05) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e aponta o estado entre os mais afetados por esse tipo de sinistro no país.
As mortes com motociclistas representam 43,6% dos óbitos por acidentes de trânsito em Mato Grosso, índice superior à média nacional (38,6%) e o 12º mais alto entre as unidades da federação. Ao todo, foram 527 vítimas fatais em acidentes envolvendo motocicletas no estado em 2023, alta de 12,8% em relação ao ano anterior e de 26,1% na comparação com 2013.
O crescimento contrasta com a tendência geral do país. Apesar de o Brasil também ter registrado alta nas mortes com motociclistas entre 2022 e 2023 (11,8%), o aumento acumulado em uma década foi bem menor (12,5%). No mesmo período, Mato Grosso teve o dobro da alta.
Ao todo, o estado registrou 1.207 mortes no trânsito em 2023, 4,1% a mais do que no ano anterior e 16,2% acima do que em 2018. Já o Brasil teve 34.881 vítimas fatais em acidentes viários no ano passado, número que representa uma alta mais moderada de 6,8% em relação a 2018 e ainda está 17,5% abaixo do patamar de 2013.
Com esses números, Mato Grosso figura entre os estados com os maiores índices de mortalidade no trânsito: a taxa foi de 33,6 por 100 mil habitantes em 2023, mais que o dobro da média nacional, de 16,2.
Segundo o Atlas, o aumento das mortes com motocicletas é explicado por uma combinação de fatores: expansão da frota, maior uso desses veículos em regiões com infraestrutura precária e ausência de políticas públicas de segurança viária. A frota de motos cresceu significativamente nos últimos 30 anos, tornando o motociclista a principal vítima do trânsito brasileiro.
O estudo aponta ainda que políticas de incentivo à produção e à compra de veículos motorizados, aliadas à falta de investimentos em infraestrutura, contribuíram para que populações mais pobres tivessem acesso facilitado a motos, especialmente em regiões como Norte e Centro-Oeste.
“Com a retomada do crescimento da frota após a pandemia e a ausência de melhorias no sistema viário, o cenário de alta nas mortes volta a se repetir”, resume o relatório.
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