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Bom dia, Quinta Feira 14 de Agosto de 2025

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Prejuízo no bolso

Tarifaço dos EUA já encarece combustíveis em MT e tendência é de novas altas, alerta Sindipetróleo

Em alguns postos consultados, a alta já chega a R$ 0,60 por litro em comparação com o mês anterior

Economia | 14 de Agosto de 2025 as 07h 09min
Fonte: Folha do Estado

Foto: Divulgação

O aumento nas bombas de combustíveis em Mato Grosso já é uma realidade e pode piorar nos próximos meses.

Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Nelson Soares Jr., o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros começou a impactar diretamente o bolso do consumidor.

Em alguns postos consultados, a alta já chega a R$ 0,60 por litro em comparação com o mês anterior.

Levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o preço da gasolina em Cuiabá vem subindo de forma contínua. No fim de junho, o litro custava entre R$ 5,83 e R$ 5,99.

Em julho, os valores variaram de R$ 5,75 a R$ 6,15. Já no início de agosto, o menor preço encontrado foi de R$ 5,99 e o maior, R$ 6,39.

Nelson explica que, apesar de a Petrobras manter o valor praticamente congelado, parte do combustível é importado e sofre influência das cotações internacionais, que estão mais altas do que o preço interno.

O cálculo feito pelas distribuidoras, que mesclam produto nacional e importado, resulta em um valor médio maior, repassado imediatamente aos postos.

A perspectiva, segundo o dirigente, é de agravamento caso os Estados Unidos repitam com o Brasil a política aplicada à Índia, que foi impedida de comprar petróleo russo, considerado mais barato. “Se houver essa restrição, o preço tende a oscilar para cima”, alertou.

Por outro lado, há expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anuncie um aumento na oferta global, o que poderia aliviar os preços. Mesmo assim, Nelson ressalta que o fator determinante continua sendo a política de preços da Petrobras.

“Quando ela se movimenta, o efeito é imediato, para cima ou para baixo”, concluiu.