Mercado
Nvidia perde R$ 2,6 trilhões em valor de mercado, e fortuna do CEO despenca
Cifra é o equivalente a cinco Petrobras, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.
Economia | 05 de Setembro de 2024 as 19h 44min
Fonte: Redação G1 com Reutes

A fabricante de chips e semicondutores Nvidia perdeu US$ 476 bilhões (R$ 2,66 trilhões) em valor de mercado em uma semana. A desvalorização acompanha a queda de 15,44% nas ações da empresa entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro.
Segundo o levantamento, feito por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, a cifra é equivalente a cinco Petrobras.
Só na última terça-feira (3), as ações da Nvidia tombaram US$ 279 bilhões (R$ 1,5 trilhão), marcando a maior perda diária de uma empresa na história dos Estados Unidos.
Com o resultado, o CEO da companhia, Jensen Huang, deixou de ter uma fortuna superior a US$ 100 bilhões. Ele ocupa, agora, a 17ª posição no ranking de bilionários da Forbes, com um patrimônio estimado em US$ 94 bilhões (R$ 526,8 bilhões).
A Nvidia chegou a alcançar, em junho deste ano, o posto de empresa mais valiosa do planeta — após ultrapassar a Microsoft e a Apple. No dia 18 daquele mês, a fabricante de chips e semicondutores atingiu US$ 3,335 trilhões (R$ 18 trilhões) em valor de mercado.
A valorização tinha sido impulsionada pela alta demanda por chips usados em inteligência artificial. Como resultado, Jensen Huang havia se tornado, em junho, a 11ª pessoa mais rica do mundo no ranking da Forbes, com uma fortuna de US$ 118,7 bilhões (R$ 665,2 bilhões).
Nos últimos dias, no entanto, as ações da Nvidia foram prejudicadas por um movimento de realização de lucros (vendas de ações após valorização) e pelo menor otimismo dos investidores com a corrida pela inteligência artificial.
Diante do cenário, o Bank of America informou que a desvalorização dos papéis pode significar uma oportunidade de compra atraente para investidores. Segundo a instituição financeira, a Nvidia está rondando sua avaliação mais barata dos últimos cinco anos.
Com toda essa movimentação, o ranking de empresas mais valiosas do mundo também mudou entre junho e este início de setembro, tendo:
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Apple na liderança, avaliada em US$ 3,3 trilhões;
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Microsoft em segundo lugar, com valor de US$ 3 trilhões;
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e Nvidia na sequência, valendo US$ 2,6 trilhões.
Últimos resultados financeiros
Em 28 de agosto, a Nvidia reportou que suas receitas no terceiro trimestre devem chegar a US$ 32,5 bilhões.
A informação não impressionou investidores, que apostavam em números mais altos — de olho no futuro da inteligência artificial (IA) generativa. Como consequência, as ações da empresa caíram.
A projeção para o terceiro trimestre foi divulgada junto com o resultado financeiro da companhia do segundo trimestre. No período, a empresa teve ganhos de US$ 16,6 bilhões — uma alta de 168% em comparação com os mesmos meses do ano passado.
O resultado, no entanto, é muito menos expressivo do que o calculado no primeiro trimestre deste ano, quando o lucro da companhia subiu 628% em relação ao mesmo período de 2023.
Diante das novas divulgações, as ações da empresa tiveram um recuo de quase 3% no dia.
De olho na fabricação de chips
Investidores têm grandes expectativas em relação à fabricante de chips, após um aumento de mais de sete vezes no preço das ações da Nvidia nos últimos dois anos. O movimento tornou a empresa uma das maiores beneficiárias do rali de papeis vinculados à inteligência artificial.
A capacidade da companhia de superar estimativas, contudo, enfrenta desafios cada vez maiores. Isso porque cada sucesso leva Wall Street, um dos maiores centros financeiros do mundo, a elevar ainda mais suas metas.
As vendas no segmento de data center da Nvidia cresceram 154%, para US$ 26,3 bilhões no segundo trimestre, acima das estimativas de US$ 25,15 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre, houve alta de 16%.
A empresa disse que espera vários bilhões de dólares em receita com seus mais recentes chips Blackwell no quarto trimestre, enquanto manifestou preocupações generalizadas sobre atrasos na produção.
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