Controle fiscal
Arrecadação de MT cresce 10% e chega a R$ 39 bi em 2024
Debate foi comandado pela Comissão de Fiscalização e Orçamento
Economia | 28 de Fevereiro de 2025 as 13h 16min
Fonte: ALMT

A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) realizou audiência pública para apresentação das metas fiscais referentes ao terceiro quadrimestre de 2024 na tarde desta quinta-feira (27). Representantes da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-MT) apresentaram, entre diversos dados, resultado nominal e resultado primário negativos, mas dentro da meta fiscal, no período.
O resultado primário leva em conta receitas e despesas primárias, ou seja, é resultado do valor arrecadado com impostos, taxas e contribuições descontado o valor das despesas que não incluem pagamento de juros da dívida pública, como prestação dos serviços públicos e pagamento de pessoal. O déficit foi de cerca de R$ 1,5 bilhão, dentro da meta estipulada na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), que previa déficit de até R$ 4,2 bilhões. Já o resultado nominal, que representa a diferença entre receitas e despesas totais no exercício, ficou no número negativo de R$ 1,3 bilhão, com a meta de até R$ -4,6 bilhões.
“Considerando que teríamos a execução de pagamentos acima da receita primária realizada em 2024, pois utilizamos saldos de recursos de anos anteriores, projetamos que o resultado seria negativo”, explicou o secretário adjunto de Orçamento Estadual, Ricardo Capistrano. O representante da Sefaz-MT garantiu que as contas de Mato Grosso estão controladas e destacou o dado relativo à dívida consolidada líquida do estado de negativos R$ 4,7 bilhões. “Todo estado gostaria de estar neste nível, com uma dívida consolidada líquida negativa, ou seja, as disponibilidades que ele possui são superiores ao que ele tem de dívida. A nossa classificação nesse indicador de endividamento é muito positiva do estado do Mato Grosso”, afirmou.
“[Em 2024], nós tivemos um crescimento da receita positivo, apesar de não alcançarmos o que nós tínhamos em anos anteriores. Mas tem um destaque muito, muito positivo que foi a receita de impostos, teve um crescimento superior a 10% e nos permitiu ter uma receita de cerca de 39 bilhões de reais, principalmente para poder custear as despesas que também totalizaram o mesmo montante. E isso permitiu que o estado mantivesse a sua política de execução de investimentos públicos superior a 15% da receita corrente líquida. Nós empenhamos mais de R$ 5,7 bilhões em investimento e Isso é muito representativo não só para o governo, como para a sociedade”, resumiu Capistrano.
As despesas com pessoal se mostraram dentro dos limites em todos os poderes. No Executivo, o índice é de 37,5%, enquanto o teto é de 49% da receita corrente líquida. O Judiciário está em 3,56% de 6%, a Assembleia Legislativa em 1,37% de 1,77% de limite, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 1,14% de 1,23% e o Ministério Público 1,38% de 2%.
O presidente da CFAEO, deputado Carlos Avallone (PSDB), fez algumas observações sobre os números apresentados. “O que nós fizemos hoje foi avaliar o último quadrimestre do ano de 2024, como se comportou a receita em relação ao orçamento aprovado. Nós tivemos uma receita boa, poderia ser melhor, mas ela foi boa. O ICMS cresceu mais de 10% [de R$ 12,4 bilhões no período do quadrimestre em 2023 para R$ 13,8 bilhões em 2024], nós tivemos um problema com o Fethab [Fundo Estadual de Transporte e Habitação], que realmente ficou muito parecido com o de 2023 [arrecadação de R$ 1,048 bilhão no terceiro quadrimestre de 2023 e de R$ 1,044 bilhão no mesmo período de 2024], mas teve um aumento [superior a 11%] muito expressivo no IPVA [Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor]. Também transferências como o Fundeb não se comportou tão bem quanto em outros anos [aumento de apenas 0,35% do terceiro quadrimestre de 2023 para o de 2024]”, avaliou. “Mas nós tivemos uma receita que foi compatível e os números do estado estão bastante equilibrados”, concluiu o parlamentar.
Notícias dos Poderes
Trump contra o Pix: entenda o que pode ter motivado críticas dos EUA
Sistema de pagamento brasileiro funciona desde 2020
17 de Julho de 2025 as 08h00STF: Alexandre de Moraes decide validar decreto do IOF
Decisão foi tomada após governo e Congresso não chegarem a acordo
17 de Julho de 2025 as 07h45Governo e Congresso preferem decisão judicial, e reunião sobre o IOF termina sem acordo
16 de Julho de 2025 as 07h30Visto para os EUA ficará R$ 1,4 mil mais caro para brasileiros a partir de nova lei de Trump
Além da nova taxa, legislação prevê investimento em deportações e cortes na saúde; Trump também criticou STF e ameaçou elevar tarifas caso o Brasil revide
15 de Julho de 2025 as 16h30Indústria pede para governo não retaliar tarifas de Trump em reunião
15 de Julho de 2025 as 12h42Nota MT busca ampliar cidadania fiscal para o interior, destaca secretário responsável pelo programa
Programa já distribuiu R$ 43 milhões em prêmios e repassou R$ 10 milhões a entidades sociais em Mato Grosso
15 de Julho de 2025 as 08h12Taxação dos EUA ameaça exportações de madeira de MT
País está entre os principais destinos da produção no estado, com cerca de 11,8% da exportação total
15 de Julho de 2025 as 07h05Embraer fecha venda de 45 jatos para a Dinamarca em operação de R$ 21,8 bilhões
Acordo histórico apoia a estratégia de longo prazo que se concentra em aumentar a eficiência e reduzir as emissões, gerando crescimento
14 de Julho de 2025 as 11h06