Gasolina cara?
ANP regulamenta uso do biometano
Combustível já vinha sendo testado em veículos leves e, recentemente, também em um ônibus
Economia | 10 de Fevereiro de 2015 as 17h 01min
Fonte: Redação

Publicada em 2 de fevereiro de 2015 no Diário Oficial da União, a Resolução ANP Nº 8, que versa sobre o biometano, é um novo marco para o mercado de gás natural no Brasil. O regulamento estabelece a especificação do biometano oriundo de produtos e resíduos orgânicos agrossilvopastoris e comerciais destinado ao uso veicular (GNV) e às instalações residenciais e comerciais.
O biometano, que no Rio Grande do Sul recebeu a marca GNVerde, é um combustível alternativo e 100% renovável que já está sendo testado em veículos desde 2013, com o apoio da Companhia de Gás do Estado (Sulgás).
A distribuidora aguardava a resolução da ANP para iniciar a comercialização do GNVerde, que poderá ser misturado ao gás natural na rede de distribuição da Sulgás. Para tanto, em breve vai lançar a primeira chamada pública para aquisição de biometano em cinco regiões do Estado. “Até então estávamos em fase experimental, apoiando projetos e pesquisas no Estado”, conta a gerente de planejamento da companhia, Jucemara Rolim Bock.
A expectativa da Sulgás é que a viabilização de plantas de produção de GNVerde potencialize a interiorização do gás natural. “Regiões que hoje estão distantes de nossa rede de gasodutos poderão ser atendidas a partir de uma produção local, reduzindo os custos de infraestrutura”, explica.
Ônibus com biometano
O modelo Scania Citywide Euro 6 veio da Suécia em 2014 para um período de demonstrações na América do Sul. Já passou pelo México, Colômbia, Foz do Iguaçu, no Paraná e em janeiro esteve no Rio Grande do Sul. Na primeira demonstração no Brasil nos meses de outubro e novembro, em parceria com a Itaipu Binacional, ficou comprovado que, em relação ao custo por quilômetro, o do biometano é menor em 56% ante um veículo similar a diesel. Nas próximas semanas, o ônibus será apresentado em São Paulo. Fabricado pela Scania, o veículo tem 15 metros de comprimento, com dois eixos direcionais e capacidade para até 120 passageiros.
Durante o mês de janeiro, o veículo foi abastecido diariamente com o GNVerde produzido pelo Consórcio Verde Brasil (formado pelas empresas Ecocitrus e Naturovos), em Montenegro (RS), e fazia uma rota demonstrativa entre as unidades da Braskem, no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). Os resultados das análises de desempenho do ônibus com o GNVerde foram todos positivos, de acordo com o responsável pelo estudo e coordenador do Laboratório de Biorreatores da Univates, professor Odorico Konrad. “Os níveis de poluição ficaram bem abaixo dos determinados pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), e as emissões de ruído também foram menores que os padrões determinados pelas autoridades. Em teste estático, com o motor a 610 rpm o ruído foi de 77,53 decibéis, em média. A 2.500 rpm, a média do ônibus foi de 95,67 decibéis, quando o limite é de 98 dB", afirma.
Ainda segundo Konrad, transportando os colaboradores dentro do parque da Braskem, a média de consumo foi de 2,13 km/metro cúbico.
A autonomia diária pode chegar a 400 quilômetros, e ele emite 70% menos poluentes que os veículos similares a diesel.
E o Mato Grosso?
Em Sinop nenhum dos postos de combustível oferece GNV. O gás específico para veículos é pouco utilizado no Estado. Mas, além do imensurável potencial de produção do biometano, Mato Grosso já possui ensaios. Em Vera, no Norte do Estado, a granja Luccion, voltada a criação de suínos, atingiu a sustentabilidade energética através da produção de gás por biomassa. Esse mesmo combustível poderia ser utilizado em veículos.
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